Estudo de oportunidades de investimento: Retail

A economia uruguaia demonstrou um notável desempenho, crescendo quinze anos de forma ininterrupta. Esse crescimento se posicionou sensivelmente por cima da média da região, ao alcançar níveis de 4% média anual na última década.
Data de publicação: 28/02/2018
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A economia uruguaia demonstrou um notável desempenho, crescendo quinze anos de forma ininterrupta. Esse crescimento se posicionou sensivelmente por cima da média da região, ao alcançar níveis de 4% média anual na última década.

Esse forte crescimento da economia e do poder aquisitivo da sua população, somado à estabilidade política, econômica e jurídica, posicionou ao Uruguai como um dos principais destinos dentro da região para as empresas internacionais de retail mais importantes.

O Uruguai tem níveis de faturação por metro quadrado relativamente elevados em comparação regional, o que constitui um atrativo para os investimentos no setor. Os consumidores uruguaios demonstraram uma mudança cultural, adotando novos padrões de vida, multiplicando o leque de bens que consumem.

O consumo privado cresceu a uma taxa média anual de 5% na última década. Além desse aumento contínuo nos ingressos dos lares e no consumo, houve um forte aumento da atividade comercial e das vendas.

Empresários locais destacam a adaptabilidade da mão de obra uruguaia, que se incorpora a novos esquemas de trabalho em períodos de tempo muito reduzidos. De acordo com dados do Banco de Previdência Social (BPS), o setor Comércio[2] ocupa aproximadamente a 150.350 pessoas no Uruguai (Abril 2017), o que representa perto de 10% do total de empregados no país.

Nos últimos anos se instalaram importantes marcas de vestimenta no Uruguai: Adidas, Forever 21, Under Armour, Jeep Footware, MAC, Clarks, Aldo, Sarkany, Sodimac, Lojas Renner, entre outras. Por sua parte, a multinacional de modas sueca H&M irá se instalar no mercado uruguaio na metade de 2018.

Investimentos no setor

O Uruguai conta com um atrativo regime promocional de investimentos, que outorga benefícios fiscais às empresas que decidem investir no país. Nesse sentido, investidores do setor retail usaram frequentemente esta normativa. De acordo com informações da Comissão de Aplicação da Lei de Investimentos (COMAP) foram promovidos mais de 470 projetos no setor comércio, que totalizaram mais de US$ 475 milhões entre 2008 e o primeiro semestre de 2017.[3].

Turismo e comércio

O forte desenvolvimento do turismo receptivo no Uruguai nos últimos anos teve uma repercussão importante sobre a atividade dos comércios. Em 2016, o número de pessoas que visitaram o Uruguai alcançou um novo recorde histórico, ao somar 3,3 milhões de turistas e crescer 12,3% em relação a 2015.

No primeiro semestre de 2017, a quantidade de turistas aumentou 25% em relação ao mesmo período de 2016. O ingresso de divisas por conceito de despesas em serviços turísticos foi de US$ 1.440 milhões, o que significou 39% a mais do que em 2016. Em 2016 a despesa total dos visitantes foi de US$ 1.824 milhões e se espera que para 2017 essa cifra supere os US$ 2.000 milhões.

Veja o estudo completo

 

[1] No ranking de 2016 países com excelentes condições para o negócio retail como Uruguai, Catar e Mongólia não foram incluídos, pois foi incorporado um novo filtro segundo o tamanho do mercado.

[2] Incluem-se todos os grupos da divisão 47 da Classificação CIIU Rev. 4.

[3] Consideram-se os projetos promovidos pela COMAP do setor comercial e que também realizam vendas no varejo (divisão 47 da Classificação CIIU Rev. 4).


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