O que a região está fazendo para lidar com o impacto da COVID-19?

A COVID-19 chegou a praticamente todos os países do mundo. A crise global está instalada e, de longe, os países estão tentando controlar a disseminação do vírus e sustentar suas economias.
Data de publicação: 21/04/2020
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Após as primeiras semanas da crise, é possível identificar elementos de amplo consenso para enfrentar a crise de saúde e, ao mesmo tempo, mitigar os efeitos econômicos, adaptando a dinâmica do trabalho o mais rápido possível. Comércio, emprego e assistência social parecem ser as ferramentas identificadas para enfrentar este cenário desafiador.

Uma das chaves para mitigar a propagação do vírus é fechar as fronteiras nacionais, mas não as janelas de comércio. Por exemplo, os países do Mercosul concordaram em manter a livre circulação de bens e serviços. A recuperação da China terá um forte impacto no comércio e compensará a queda de outros países relevantes no comércio mundial, como os Estados Unidos e membros da União Européia.

Mas também há exceções a isso, uma das quais é o comércio de suprimentos e bens médicos. Vários países, como Argentina e Colômbia, têm imposto restrições às exportações de suprimentos médicos, ao mesmo tempo em que estabelecem tratamento isento de impostos para as importações.

Por outro lado, considerando que a principal recomendação de saúde é não se expor a eventuais contágios, os países incentivam o teletrabalho como ferramenta substituta da dinâmica habitual, mas existem diferentes níveis de desenvolvimento entre os países para sua implementação. Medidas como estas também levaram à definição de políticas de assistência para aqueles trabalhadores cujas tarefas não podem ser realizadas sob este regime, como é o caso do Peru e da Bolívia.

Além disso, como parte do esforço para enfrentar a complexa situação econômica gerada pela crise mundial, os países estão aplicando medidas de alívio para evitar a quebra das cadeias de pagamento, seja adiando prazos, isentando impostos específicos no curto prazo ou subsidiando setores de atividade que têm sido altamente impactados pela crise.

A manutenção da atividade econômica apesar das políticas de isolamento social e a mitigação do impacto sobre o emprego também são variáveis que os países devem abordar, gerando pressão adicional sobre os sistemas de seguridade social.

Organizações internacionais como a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) estão realizando estudos para monitorar as políticas adotadas pelos países da região e estabelecer uma tabela comparativa que permita conhecer a fundo as medidas adotadas pelos diversos governos e como eles estão lidando com esta crise. A tabela comparativa para maiores detalhes está disponível aqui.


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